quarta-feira, 2 de março de 2011

Congresso celebra Dia Internacional da Mulher e exalta participação política feminina

Marta Sulicy, Foto Mário Agra - Divulgação PT
A eleição da presidenta Dilma Rousseff foi citada como um marco histórico da participação política das mulheres em vários discursos na sessão solene do Congresso Nacional para comemorar o Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 de março.

O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS) disse que “o orgulho de poder afirmar que os rumos do nosso País são coordenados e conduzidos por uma mulher”. Maia também lembrou que as mulheres ainda enfrentam a exclusão dos espaços de poder econômico, social, político. “Nosso esforço será para que os temas das mulheres virem um debate e uma discussão cotidiana na Câmara dos Deputados”, afirmou.

Ao falar sobre as expectativas desencadeadas pela eleição da presidenta Dilma Roussef, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) avaliou os avanços em relação à ocupação de cargos por mulheres. Citou a eleição inédita de vice-presidentas no Senado e na Câmara e a indicação de nove Ministras. “Foi muito rápido. Mas, não podemos deixar que essa rapidez se esvaia; pelo contrário, queremos continuar nesse ritmo. Tenho certeza de que iremos continuar”, disse.

A senadora enumerou três problemas que devem ser enfrentados na segunda década do século XXI : “O primeiro é o político; o segundo é trabalho e salário e, o terceiro, infelizmente, é a violência e a discriminação que estamos sofrendo ainda hoje de forma muito acentuada”. Para ela, o grande desafio do momento é a reforma política e defendeu a lista de candidatos e o financiamento público como forma de garantir maior participação das mulheres. “Se a lista for aprovada, queremos sim um homem e uma mulher, porque senão virão 40 homens”.

Em relação ao trabalho, a senadora criticou o fato de que as mulheres ainda ganham 30% a menos que os homens, nas mesmas profissões e com os mesmos níveis educacionais e são chefes de família, em quase 40% dos domicílios brasileiros. Marta lembrou ainda que, a cada 2 minutos, 5 mulheres espancadas no Brasil. “Temos o enorme avanço da Lei Maria da Penha, cuja flexibilização não vamos admitir de jeito nenhum! Foi muito dura essa conquista, e vamos manter a lei da forma como foi escrita, porque é assim que ela pode chegar a fazer uma diferença maior do que já está fazendo”, acrescentou.

Ao abordar também a violência contra a mulher, a senadora Ângela Portela (PT-RR) criticou a impunidade dos agressores e alertou que “a leniência de uma parte da sociedade para com a violência tornam o terreno ainda mais fértil para novas e repetidas agressões que, em muitos casos, terminam na morte da mulher”. Ângela ainda lembrou que lares violentos, onde as mães são rotineiramente espancadas e até mortas por seus companheiros, constituem o primeiro ambiente para a formação de jovens agressivos.
Fonte: Portal do PT

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