domingo, 10 de agosto de 2008
Passeata no Centro do Rio, pelo aumento do efetivo na Polícia Civil
Puplicado:
03:09
Por:
Rodinei Costa
Nesta sexta, 08/08/2008 os aprovados no Concurso da Polícia Civil em 2006, realizaram uma passeata, com apitos e faixas de protestos, que seguiu da Praça da Candelária, passando pela Av. Rio Branco até o Tribunal de Justiça, depois até o Ministério Público. A manifestação em frente aos órgãos da Justiça Estadual foi em conseqüência do Promotor Rogério Pacheco Alves, da 7ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania da Capital do Estado do Rio de Janeiro, entrar com três Ações Civis Públicas (ACPs), equivocadamente, sendo que a última impede a nomeação dos aprovados e suspende todo o Concurso. Até a presente data, nenhum concursado foi ouvido nem pelo MP, nem pelo Judiciário.
Com o crescimento contínuo da violência no Rio de Janeiro e o baixo efetivo na Polícia Civil, que em 1983 já era previsto pela lei estadual 699/83 um quadro de 23.000 policiais, hoje a instituição conta apenas com cerca de 9.000, sendo 5.000 em estado de aposentadoria. Para o cargo de Investigador de Policial Civil de 3ª classe, objeto do referido Concurso Público, são previstas 2.000 vagas. Hoje, apenas 60 estão ocupadas. Isso prejudica a Polícia Civil de investigar os crimes, de concluir os inquéritos e conseqüentemente prejudica o próprio MP de oferecer denúncia para que os criminosos sejam julgados, condenados e presos.
“...Até quando esperar?...”
Segue abaixo link para matéria do Jornal O Dia, em 07/08/2008:
http://odia.terra.com.br/rio/htm/aprovados_excedentes_no_concurso_de_investigador_fazem_passeata_no_centro_nesta_sexta_190858.asp
E matéria do Jornal O Povo, dia 09/08/2008:
Concursados da Civil querem assumir
Aprovados no concurso da Polícia Civil fizeram manifestação para cobrar convocação pelo governo do Estado
THAÍS FONSECA
Os aprovados no último concurso da Polícia Civil do Rio fizeram ontem mais uma manifestação para reivindicar a convocação pelo governo do Estado para o cargo de investigador de polícia. O ato aconteceu na Candelária e seguiu pela Avenida Rio Branco para o prédio do Ministério Público e do Tribunal de Justiça, no Centro da capital.
Mais de 1.100 candidatos foram aprovados no concurso, que tem edital de 2005 e foi realizado no início de 2006. A nomeação dos aprovados está impedida por uma liminar que suspendeu o concurso, sob a alegação de haver fraude. A liminar foi conseguida pelo promotor Rogério Pacheco Alves, da Promotoria Estadual da Defesa da Cidadania.
— Na primeira fase da prova foi descoberta uma fraude e por isso a etapa teve que ser cancelada, mas em seguida os candidatos realizaram todas as fases sem que houvesse nenhuma irregularidade — disse o integrante da comissão dos aprovados de 2005, Robson Alves.
Apenas dez milDe acordo com os manifestantes, um estudo para saber o quantitativo do efetivo no Estado, realizado pela própria Polícia Civil no ano de 1983, aponta que o número mínimo de policiais civis deve ser 23 mil. Ainda de acordo com os concursados, esse quantitativo está previsto em lei, mas atualmente existem apenas dez mil atuando em todo o território fluminense.
— Metade do número que permanece na ativa está em condições de aposentadoria e mesmo assim os últimos aprovados não são convocados.
As delegacias estão trabalhando com metade do seu efetivo — disse Robson Alves, lembrando que, além de hoje o contingente ser menor do que o necessário apontado pelo estudo, o levantamento da polícia tornou-se ultrapassado, já que de lá para cá houve aumento tanto da população quanto dos índices de violência e criminalidade, o que aponta para uma defasagem ainda maior na Polícia Civil. Pressão: apitaço até o Ministério PúblicoUsando faixas de repúdio ao governo do Estado e ao som de um estrondoso apitaço, manifestantes lembraram promessas feitas pelo então candidato a governador do Rio, Sérgio Cabral Filho, em que afirmou contratar todos os aprovados no concurso que, na época, estava prestes a acontecer.
Em passeata, eles seguiram da Candelária pela Avenida Rio Branco até o prédio do Ministério Público, a fim de pressionar o promotor que suspendeu o concurso.
De lá, se dirigiram ao Tribunal de Justiça. Os manifestantes, que foram aprovados para um cargo que exigia apenas nível médio, temem que um novo edital seja lançado ainda no fim desse mês, para o cargo de inspetor, cuja exigência é de nível superior.
Segundo os concursados, todos já foram submetidos a testes físicos e psicotécnicos e, além desses, 170 pessoas já realizaram exames físicos e chegaram a ingressar na Academia de Polícia (Acadepol), onde a preparação é feita. Em entrevista à imprensa, o secretário de Fazenda do Rio, Joaquim Levy, disse que não existe falta de verba nos cofres públicos do Estado e que, portanto, essa não seria a razão para a não contratação dos concursados.
Com o crescimento contínuo da violência no Rio de Janeiro e o baixo efetivo na Polícia Civil, que em 1983 já era previsto pela lei estadual 699/83 um quadro de 23.000 policiais, hoje a instituição conta apenas com cerca de 9.000, sendo 5.000 em estado de aposentadoria. Para o cargo de Investigador de Policial Civil de 3ª classe, objeto do referido Concurso Público, são previstas 2.000 vagas. Hoje, apenas 60 estão ocupadas. Isso prejudica a Polícia Civil de investigar os crimes, de concluir os inquéritos e conseqüentemente prejudica o próprio MP de oferecer denúncia para que os criminosos sejam julgados, condenados e presos.
“...Até quando esperar?...”
Segue abaixo link para matéria do Jornal O Dia, em 07/08/2008:
http://odia.terra.com.br/rio/htm/aprovados_excedentes_no_concurso_de_investigador_fazem_passeata_no_centro_nesta_sexta_190858.asp
E matéria do Jornal O Povo, dia 09/08/2008:
Concursados da Civil querem assumir
Aprovados no concurso da Polícia Civil fizeram manifestação para cobrar convocação pelo governo do Estado
THAÍS FONSECA
Os aprovados no último concurso da Polícia Civil do Rio fizeram ontem mais uma manifestação para reivindicar a convocação pelo governo do Estado para o cargo de investigador de polícia. O ato aconteceu na Candelária e seguiu pela Avenida Rio Branco para o prédio do Ministério Público e do Tribunal de Justiça, no Centro da capital.
Mais de 1.100 candidatos foram aprovados no concurso, que tem edital de 2005 e foi realizado no início de 2006. A nomeação dos aprovados está impedida por uma liminar que suspendeu o concurso, sob a alegação de haver fraude. A liminar foi conseguida pelo promotor Rogério Pacheco Alves, da Promotoria Estadual da Defesa da Cidadania.
— Na primeira fase da prova foi descoberta uma fraude e por isso a etapa teve que ser cancelada, mas em seguida os candidatos realizaram todas as fases sem que houvesse nenhuma irregularidade — disse o integrante da comissão dos aprovados de 2005, Robson Alves.
Apenas dez milDe acordo com os manifestantes, um estudo para saber o quantitativo do efetivo no Estado, realizado pela própria Polícia Civil no ano de 1983, aponta que o número mínimo de policiais civis deve ser 23 mil. Ainda de acordo com os concursados, esse quantitativo está previsto em lei, mas atualmente existem apenas dez mil atuando em todo o território fluminense.
— Metade do número que permanece na ativa está em condições de aposentadoria e mesmo assim os últimos aprovados não são convocados.
As delegacias estão trabalhando com metade do seu efetivo — disse Robson Alves, lembrando que, além de hoje o contingente ser menor do que o necessário apontado pelo estudo, o levantamento da polícia tornou-se ultrapassado, já que de lá para cá houve aumento tanto da população quanto dos índices de violência e criminalidade, o que aponta para uma defasagem ainda maior na Polícia Civil. Pressão: apitaço até o Ministério PúblicoUsando faixas de repúdio ao governo do Estado e ao som de um estrondoso apitaço, manifestantes lembraram promessas feitas pelo então candidato a governador do Rio, Sérgio Cabral Filho, em que afirmou contratar todos os aprovados no concurso que, na época, estava prestes a acontecer.
Em passeata, eles seguiram da Candelária pela Avenida Rio Branco até o prédio do Ministério Público, a fim de pressionar o promotor que suspendeu o concurso.
De lá, se dirigiram ao Tribunal de Justiça. Os manifestantes, que foram aprovados para um cargo que exigia apenas nível médio, temem que um novo edital seja lançado ainda no fim desse mês, para o cargo de inspetor, cuja exigência é de nível superior.
Segundo os concursados, todos já foram submetidos a testes físicos e psicotécnicos e, além desses, 170 pessoas já realizaram exames físicos e chegaram a ingressar na Academia de Polícia (Acadepol), onde a preparação é feita. Em entrevista à imprensa, o secretário de Fazenda do Rio, Joaquim Levy, disse que não existe falta de verba nos cofres públicos do Estado e que, portanto, essa não seria a razão para a não contratação dos concursados.
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