quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Um retorno polêmico

Espero que depois dessa movimentação nos órgãos da Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro, o Governador Sérgio Cabral tenha a decência de aurotizar ao Secretário, José Mariano Beltrame, e ao Chefe de Polícia, Allan Turnowski, para convocarem mais investigadores aprovados no último concurso para, não só repor a perda como também, repor o quadro defasado da Polícia Civil, previsto a mais de duas décadas para uma população bem menor que a atual.

Corroboro com o coronel da PM Lima Castro, "cada um no seu quadrado". Lugar de militar é no quartel e de agente de polícia é na delegacia.

Enquanto a população assiste a pirotecnia do Governador em suas inaugurações de UPPs - projeto que ele tanto estima e que foi seu carro chefe da campanha para sua reeleição, não tendo a coragem de informar seus verdadeiros autores - os diversos crimes cometidos no estado, ainda não têm solução.

Mas, isso só poderia ser resovido se houversse mais investigadores e esses puderessem exercer seu trabalho de forma a auxiliar a autoridade policial e ao Poder Judiciário na denúncia, na ação e na condenação dos autores desses crimes.

Segue notícia publicada hoje (22) nO Dia OnLine:

Sessenta e cinco PMs e nove bombeiros, que estavam cedidos há anos à Polícia Civil, são devolvidos às suas corporações

POR LESLIE LEITÃO

Rio - Uma queda de braço travada há anos dentro dos órgãos de segurança pública do Estado teve ontem seu capítulo final. E a Polícia Militar conseguiu, enfim, a devolução de 65 homens que estavam cedidos à Polícia Civil. Nove bombeiros também retornaram à sua corporação. A maior prejudicada, num primeiro momento, foi a Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), onde 17 militares estavam lotados.

Mais do que números, entretanto, a devolução caiu como uma bomba de efeito moral nos bastidores da polícia. A disputa já vinha se arrastando nos últimos meses. A expectativa na Polícia Civil era de que, após os bons resultados apresentados na reconquista dos complexos da Penha e do Alemão — em que os PMs adidos tiveram papel importante em prisões e apreensões — , eles fossem mantidos no órgão. O chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski, tentou reverter o quadro, mas o secretário José Mariano Beltrame mostrou-se irredutível.

Semana passada, houve um ultimato para que os PMs se apresentassem no Departamento Geral de Pessoal. Ontem, o Boletim Interno da Polícia Civil publicou a ordem.

“O secretário entende que na Policia Civil não há mais necessidade de utilização de policiais militares. E espera, com esse exemplo, o retorno de PMs cedidos a outros órgãos”, disse Turnowski.

Há, no entanto, erros na lista elaborada pelo Departamento Geral de Administração e Finanças (DGAF). Entre os nomes dos que retornam à PM, há alguns de presos, de aposentados e de pelo menos dois que já morreram.

O relações-públicas da PM, coronel Lima Castro, admitiu que o número não é expressivo para os quadros de uma instituição de mais de 40 mil homens. “Mais importante que o número é o fato de eles serem concursados para trabalhar na PM”, disse, admitindo que não há previsão de que os lotados em outros órgãos sejam devolvidos.

Fonte: O Dia OnLine

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