terça-feira, 20 de outubro de 2009
10 Razões para não elevar a SELIC em 2010
Puplicado:
11:01
Por:
Prof. Rogério Rocha
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Monitor Mercantil
10 razões para não elevar os juros
Monitor Mercantil
10 razões para não elevar os juros
PARA EX-DIRETOR DO BC, COM RETOMADA LENTA DA ECONOMIA, INFLAÇÃO NÃO SERVE DE ÁLIBI PARA MEIRELLES AUMENTAR SELIC
Para o diretor de Investimentos da Porto Seguro e diretor do ex-Banco Central, Sérgio Goldenstein, o BC tem pelo menos dez boas razões para não elevar a taxa básica de juros (Selic) em 2010, hoje em 8,75% ao ano: "Ao contrário da visão amplamente majoritária do mercado, considero difícil que o BC tenha fundamentos para subir os juros em 2010", diz Goldenstein.
O primeiro é que todas projeções apontam que, em 2010, a inflação ficará abaixo do centro da meta definida pelo BC. Além disso (2), destaca o economista da Porto Seguro a deflação registrada pelos IGPs em 2009 terá efeito baixista sobre os preços dos serviços públicos privatizados em 2010.
A terceira razão, diz Goldenstein, para manter a taxa é que, dada a queda do IPCA em 2009 sobre 2008, a inércia inflacionária em 2010 será bem menor.
Além disso (4), observa, as perspectivas do câmbio apreciada mitigam pressões inflacionárias. O quinto motivo é a safra mundial de grãos no mundo que joga os preços agrícolas para baixo.
A sexta razão é que as demais commodities não mostram força para subir significativamente sobre os patamares atuais, devido à lenta recuperação da economia global.
Em sétimo lugar, segundo ele, o setor exportador continuará fraco, pois o mundo crescerá nos próximos anos abaixo do potencial, considerando a redução dos estímulos fiscais e a fraqueza do consumo nos EUA.
Em oitava lugar, Goldenstein destaca que a redução entre a capacidade de produção do país e a produção efetiva no próximo ano não significa, necessariamente, alta de juros, pois a economia teria de continuar crescendo acima do potencial por um período razoável para haver pressões inflacionárias.
Em nono, observa ser improvável que a massa salarial real e o crédito no Brasil retornem ao ritmo de crescimento anterior à crise, período de bolha. Em décimo lugar, aponta que as desonerações tributárias (IPI) acarretaram uma antecipação do consumo em 2009, o que deve refrear a expansão da demanda em 2010.
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